Entenda como funciona a harmonização de vinhos e queijos

Entenda como funciona a harmonização de vinhos e queijos

Fácil, prática e deliciosa: a harmonização de vinhos e queijos funciona muito bem para as mais diferentes ocasiões. Parece até que esses dois ingredientes foram feitos um para o outro.

E foram; segundo conta a história, essa harmonização surgiu na França.

Por lá, essa combinação é tão famosa que eles já sabiam que essa dupla combinava de forma agradável, tanto que o lema das vinícolas mais famosas era “Para vender vinhos, sirva queijos”.

Mas apesar de sabermos que a chance de sucesso ao escolhermos a combinação é grande, ainda há dúvidas em relação a qual queijo escolher para harmonizar com cada tipo de vinho.

E este artigo chegou para sanar muitas delas. Acompanhe.

 

Como pode ser feita a harmonização de vinhos e queijos

Na prática, o princípio da harmonização é conhecer as propriedades de todos os ingredientes e produtos envolvidos, neste caso os vinhos e queijos.

Dessa forma, é possível entender o que cada alimento causa no olfato e paladar, alcançando a combinação mais agradável possível.

 

Como classificar os queijos?

Uma das formas de classificar os queijos é por meio da maturação. Ou seja, o tempo de descanso antes de ser consumido e a possibilidade de receber microrganismos ou sal como parte da sua produção.

Existem, por exemplo, desde os queijos mais cremosos e leves até os mais curados, com sabores intensos. Com os quais cada nota aromática dos vinhos pode combinar diferentemente.

Assim, a gordura, consistência e sabor forte do laticínio também podem impactar na percepção da acidez e presença do vinho no paladar.

 

5 harmonizações de vinhos e queijos para experimentar

Para que você possa fazer as melhores escolhas, conheça abaixo cinco alternativas para a harmonização de vinhos e queijos.

 

Queijos frescos

Os queijos frescos têm pouco ou nenhum tempo de maturação. São leves, macios, úmidos e cremosos, com bastante presença do sabor de leite, notas ácidas e cítricas.

Exemplos desse tipo de queijo são a Ricota, Cream Cheese, Feta, Burrata e Muçarela de Búfala e Italiana.

Para harmonizar com queijos frescos, prefira vinhos leves, apenas para complementar, como os vinhos brancos.

Nossa indicação para essa combinação fica por conta do El Viajero Chardonnay, de intensidade média.

 

Queijos frescos com mofo branco

Como o nome já diz, são queijos cremosos por dentro com uma crosta rígida por conta do trabalho metabólico dos fungos, como é o caso do Brie, Camembert e Coulommiers.

Eles têm sabor um pouco mais presente do que os queijos frescos tradicionais, permitindo maior versatilidade na hora da harmonização.

Os vinhos brancos também são excelentes escolhas, principalmente Sauvignon Blanc ou um espumante Brut.

Mas há ainda a possibilidade de harmonizar com vinhos tintos como Pinot Noir e Cabernet Franc, por conta da acidez mais discreta.

Para essa versão de harmonização, experimente o rótulo Eita Pega Pinot Noir, um vinho autoral da 067 Vinhos com 90 pontos no Guia Adega Brasil.

 

Queijos semiduros

Já este próximo tipo de queijo tem um tempo de maturação um pouco maior, o qual apresenta formação de bolhas, gerando buracos na estrutura e um sabor mais adocicado.

Entre os exemplos mais conhecidos, temos o Emmental, Gruyere e Gouda.

Para a harmonização, é interessante escolher um rótulo que complemente o sabor adocicado natural desse queijo.

Vinhos rosés e espumantes demi-sec são ótimas opções para fazer essa harmonização de vinhos e queijos.

Nossa indicação, neste caso, fica por conta do Habla Rita.

 

Queijos duros

Com mais tempo de maturação, são queijos de sabores complexos – normalmente mais salgados – sem agressividade -, mas que também combinam o doce e ácido de acordo com o período estendido de maturação.

Um dos mais conhecidos nessa categoria é o parmesão.

E, graças ao sabor estruturado, a harmonização pede um vinho igualmente equilibrado, como é o caso dos tintos com acidez controlada.

Rótulos mais antigos são ótimas escolhas; os italianos têm boas opções para essa harmonização.

E, neste caso, nossa indicação é o Valpolicella DOC Valpantena, de taninos firmes e maduros e com acidez pronunciada, mas bem integrada à bebida.

 

Queijos azuis

São certamente os tipos de queijo com sabor mais intenso, salgado, úmido e picante. Isso porque, em seus processos de produção são adicionados bolores.

Entre os mais conhecidos, podemos citar o Gorgonzola e o Roquefort. Mas também existem outros que podem ser incorporados na harmonização, como Saint Agur e Stilton.

Os melhores vinhos para harmonizar com os queijos azuis são aqueles que contrastam o sabor do laticínio.

São ótimas opções os vinhos brancos com notas frutadas ou tintos mais estruturados e velhos, como acidez controlada. Esse último sendo uma aposta mais ousada.

Para nossa última indicação, escolhemos dois rótulos, ambos portugueses: Quinta do Portal Late Harvest e o Quinta do Portal Auru 2011.

 

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Esperamos que com este post de blog possamos inspirar você a experimentar harmonizações de vinhos e queijos.

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