Conheça os tipos de espumante e como são produzidos

Conheça os tipos de espumante e como são produzidos

Sempre associados a festividades e comemorações, os diferentes tipos de espumante são sinônimos de alegria e felicidade. A verdade é que ninguém é triste bebendo espumante!   

A bebida é um vinho tinto, rosé ou branco, com a presença de gás carbônico. Ela possui características marcantes, e surgiu por acaso.  

Há aproximadamente 350 anos, percebeu-se que ao engarrafar o vinho no inverno, com leveduras na garrafa, a fermentação era interrompida. Já com a chegada do verão, iniciava-se um segundo processo de fermentação, gerando borbulhas inicialmente indesejadas, que causavam a “explosão” das garrafas. 

Foi Dom Pérignon, na França, quem notou que as borbulhas eram como festa na boca, um excelente diferencial na realidade. Então, ele estudou o processo de fermentação na garrafa e definiu critérios específicos para a elaboração do espumante.  

Métodos de produção de diferentes tipos de espumante

De modo geral, o espumante é produzido a partir de duas fermentações: a primeira, onde acontece a produção do vinho base, e a segunda é onde é gerado o gás carbônico — responsável pelas borbulhas.  

Considerando que ela surge de modo espontâneo, podemos dizer que a bebida é resultado da história do vinho. Desse modo, com o passar dos anos sua elaboração mudou e recebeu algumas contribuições.   

Assim, existem dois métodos para produzir espumante:

  • Champenoise: resulta em um espumante com uma estrutura mais complexa.  
  • Charmet: faz uma bebida mais leve e refrescante.   

Método tradicional 

Neste método é adicionado açúcar ao vinho base – que pode ser de cana-de-açúcar, da beterraba ou da própria uva. Além disso, leveduras selecionadas são incorporadas, dando início ao segundo processo de fermentação na garrafa 

Assim, durante um período de descanso, que pode variar conforme o tipo de uva, as bolhas de gás carbônico são geradas.  

Este processo desenvolveu-se a partir do método ancestral, desenvolvido por Dom Pérignon, que apresentava um problema: a segunda fermentação deixava resíduos na bebida, dando ao líquido um aspecto turvo e uma aparência feia 

Quem solucionou essa questão foi uma mulher chamada de Viúve Clicquot, que criou os pupitres, desenvolvendo os processos de remuage (girar as garrafas) e dégorgement (degolar). 

Essas etapas de produção do espumante são o que hoje chamamos de método tradicional. 

A remuage  

Esta etapa pode demorar até 60 dias, e consiste em colocar a garrafa de cabeça para baixo nos pupitres – mesas especiais com buracos.   

Então, diariamente as garrafas são giradas 90.º sob seu eixo, fazendo com que os resíduos se desgrudem das paredes e do fundo do vidro e se concentrem no gargalo. Dessa forma, acontece uma espécie de decantação.  

O dégorgement  

A última etapa é o dégorgement, momento em que o gargalo é congelado, permitindo que a garrafa seja virada para cima sem que os resíduos se espalhem na bebida. Assim, a tampa é retirada e a própria pressão expulsa os depósitos congelados. Por fim, a garrafa recebe uma rolha para ser fechada novamente. 

Método Charmat  

Este modo de produção foi desenvolvido em 1895, pelo italiano Federico Martinotti. Depois, foi aperfeiçoado e patenteado pelo francês Eugène Charmat.  

Nesta metodologia, a segunda fermentação ocorre em grandes tanques de inox (autoclaves), especialmente desenvolvidos para suportarem a pressão da fermentação.   

Aqui, é possível ter o controle total da temperatura e do nível de gás carbônico liberado, o que faz com que as notas frutadas e o frescor seja ressaltado. Além disso, os resíduos sólidos das leveduras são filtrados antes do engarrafamento.  

Diferente do método tradicional, que leva meses para finalizar a bebida, a produção charmat ocorre em poucos dias.  

Diferentes tipos de espumante  

Assim como o vinho branco e o vinho tinto, o espumante também pode ser classificado em diferentes tipos. Cada categoria apresenta um nível de doçura, que pode variar de acordo com a regulamentação de cada país.  

  • Espumante brut

Com a concentração de açúcar entre 8,1 e 15 gramas, é o tipo de espumante seco mais popular, indicado para quem prefere vinhos menos doces.  

É recomendado para diferentes harmonizações, principalmente para pratos como saladas, canapés, aves com temperos leves, queijos leves e carnes vermelhas.  

  • Espumante moscatel  

Ideal para acompanhar sobremesas, tortas doces, frutas e um delicioso fondue, o moscatel possui uma concentração de açúcar superior a 60 gramas por litro.  

  • Espumante sec   

Também chamado de espumante seco, apresenta entre 15,1 e 20 gramas de açúcar por litro e possui um sabor bastante equilibrado, com doçura moderada.   

É considerado leve e com uma acidez suave, em relação aos outros tipos, por isso é indicado para as pessoas que ainda não estão acostumadas com a bebida. 

  • Espumante demi-sec 

É um meio termo entre o brut e o moscatel, com uma ampla variação na concentração de açúcar: entre 20,1 até 60 gramas por litro. Esta característica faz com que só seja possível identificar a doçura ao abrir a garrafa.   

  • Espumante nature  

Geralmente elaborado com as uvas Pinot Noir e Chardonnay, o nature é o mais seco entre os espumantes.   

Com concentração de açúcar que chega no máximo a 3 gramas por litro, sua nomenclatura se refere ao fato da bebida sofrer pouca interferência externa, proporcionando sabores mais intensos das uvas que o originaram.  

Todo espumante é champagne?  

Não, mas todo champagne é um tipo de espumante. Isso porque, para poder ser considerado champagne é necessário que o vinho espumante seja produzido na região de Champagne, na França.  

O champagne é elaborado a partir de três uvas:  

  • Chardonnay;  
  • Pinot Noir;  
  • Pinot Meunier.  

Na produção de champagne o método de produção usado é o champenoise que segue as mesmas etapas do método tradicional.  

Características dos tipos de espumante  

Apesar de existirem diferentes classificações, os espumantes possuem características específicas que fazem da sua degustação uma experiência única e insubstituível.   

Não há nada que se compare à explosão da abertura da garrafa e à sensação das bolhas no paladar. Talvez essa seja a razão pela qual esta é a bebida das festividades, da alegria e das grandes emoções.   

Com acidez marcante, determinante para sua identidade e ressaltada pelas borbulhas, o espumante deve ser leve e refrescante.   

Dizem que Dom Pérignon ao experimentar pela primeira vez exclamou: “estou bebendo estrelas”. Esse degustar dos astros é resultado das borbulhas, oriundas da efervescência do vinho que acelera a percepção dos aromas e sabores.   

Para vivenciar essa experiência, visite nosso site para conferir os diferentes tipos de espumante e escolher aquele que fará parte do seu momento especial.

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