Conheça os segredos dos vinhos romenos

Conheça os segredos dos vinhos romenos

Poucos são os que conhecem os sabores dos vinhos romenos. Famosa por ser a terra do Conde Drácula e também da ginasta Nadia Elena Comaneci, a Romênia também é forte produtora de vinhos.   

Com regiões com clima e solo excelentes para o cultivo de uvas – internacionais e locais – a história do cultivo no país tem mais de 3.000 anos, começando na era da Grécia Antiga.   

Assim, é praticamente impossível falar da história do vinho sem mencionar a Romênia, com registro das primeiras uvas plantadas originalmente ao longo no Mar Negro. Com o tempo as videiras se espalharam pelo país, prosperando na Transilvânia durante a Idade Média.   

Durante décadas a Romênia foi o quinto maior produtor da Europa, perdendo mercado com a chegada das bebidas saxãs. Entretanto, o país, favorecido pela sua localização no globo, vem fortalecendo sua tradição também na era contemporânea. 

  

Geografia perfeita para vinhos perfeitos  

A Romênia está localizada em uma área que lhe garante a geografia perfeita para a cultura de excelentes uvas. Localizada na mesma latitude de Bordeaux, possui um clima seco e continental.  

Seus outonos longos e amenos, fazem as uvas amadurecerem lentamente, concentrando mais os sabores. Já as áreas montanhosas da Moldávia e Dobrogea recebem influência do Mar Negro, garantindo boas condições para o cultivo de uvas.  

  

6 principais regiões de produção de vinho romeno  

Moldávia  

Localizada na província oriental da Romênia, ao lado da República da Moldávia, é onde está localizada Cotnari, área mais famosa de produção de vinho do país. 

A região gera vinhos brancos secos e meio secos, incluindo variedades nativas populares, como Fetească Albă e Welschriesling. Já os tintos recebem uma forte influência francesa, elaborados com Cabernet Sauvignon e Merlot.  

  

Dobrogea  

É a única área costeira da Romênia e abriga o segundo maior delta de rio do mundo, o Delta do Danúbio. Em Dobrogea foram encontrados objetos arqueológicos que revelaram a importância do vinho nas antigas cidades ao longo da costa romena.  

A localidade é reconhecida pelos rótulos doces de colheita média e tardia, feitos principalmente com Chardonnay, Pinot Gris, Muscat Ottonel e Welschriesling.   

  

Oltenia e Muntenia  

Juntas essas duas áreas alcançam o mesmo tamanho da região vinícola de Bordeaux, na França. O distrito de vinho tinto mais conhecido do país da Romênia — Dealu Mare – fica em Muntenia, assim como Bucareste, a capital do país.  

A localidade se destaca pela elaboração de tintos encorpados do tipo Cabernet Sauvignon e Merlot. Além disso, os brancos são conhecidos pela doçura e perfume proporcionados pela colheita tardia do distrito de Pietroasa.  

  

Banat  

Na fronteira com a Sérvia, Banat é a menor área vinícola da Romênia. Seus vinhos brancos são bastante parecidos com os desenvolvidos na maioria dos países da Europa Central de clima frio, especialmente os alemães. Já os tintos são feitos com uvas do tipo Cadarca, Feteasca Neagră e Pinot Noir.    

  

Transilvânia  

A Transilvânia é a localidade com maior altitude dentre as regiões romenas e se destaca pela execução de rótulos brancos.   

Seus vinhos são conhecidos pelo frescor, alta acidez, e bons aromáticos. As variedades de uvas locais mais populares são Fetească Regală e Fetească Albă. Além disso, a Muscat Ottonel e Sauvignon Blanc, também são bastante utilizadas.  

A sub-região do sudoeste da Montanha da Transilvânia, onde fica localizado o vinhedo de Arad, mais conhecido Minis, possui clima e o solo favorecidos pelo microclima do Rio Mures.⁣ Nela se concentra a produção dos vinhos Balla Geza. 

  

Crisana e Maramures  

Situadas na parte noroeste da Romênia, Crisana e Maramures estão localizadas em uma área geográfica rica em minerais, com uma abundância de águas termais.   

Crişana, é bastante famosa e possui uma sólida reputação na vinificação, principalmente com a variedade nativa Cadarca, da qual ganhou diversos prêmios desde 1862.  

  

Características dos vinhos romenos  

Cultivadas em diferentes áreas do país, cada uva revela um pouco do terroir das regiões romenas. Os segredos tradicionais, com os avanços tecnológicos, permitem a união entre a cultura indígena e o plantio de uvas estrangeiras.   

Dessa forma, é bastante comum que produtores romenos desenvolvam vinhos a partir de uma mistura de uvas internacionais e locais. Para manter a excelência, muitos replantaram seus vinhedos com clones de alta qualidade de uvas famosas mundialmente.   

Com isso, conseguem usar o melhor do clima e do solo para o cultivo de uvas de alta qualidade, principalmente as francesas. Ou seja, as uvas são conhecidas, mas as bebidas carregam as características singulares de cada localidade romena. 

  

Uvas internacionais mais usadas para vinho branco  

  • Sauvignon Blanc;  
  • Blaufrankisch.  

Uvas internacionais mais usadas para vinho tinto  

  • Cabernet Sauvignon;  
  • Cabernet Franc;  
  • Cadarca; 
  • Merlot.  

Uvas locais para a produção de vinhos romenos  

Por outro lado, nem somente de uvas internacionais são elaborados os vinhos romenos. Produtores se mantêm fiéis às variedades de uvas locais e desenvolvem excelentes rótulos a partir delas.   

  • Fetească Neagra: origina deliciosos tintos secos, encorpados e com taninos médios que ao envelhecerem ficam aveludados. É a variedade de uva romena mais antiga e possui aromas de especiarias, frutos pretos ou vermelhos.   
  • Fetească: usada na elaboração de vinhos brancos secos, frescos e perfumados. Tem algum corpo, podendo ser fermentado em barris para alcançar maior complexidade.  
  • Mustoasa de Maderat: variedade de uva branca originária do oeste romeno, cultivada principalmente na área de Minis. Produz rótulos aromáticos, bastante ácidos e com aromas cítricos.  

Um resgate histórico  

A Balla Geza se dedica há 20 anos no resgate da tradição na produção de vinhos na Romênia. Para isso, alinha métodos tradicionais e modernos, fortalecendo a cultura de não acrescentar e nem retirar nada do vinho.  

Os brancos e rosés da Balla Geza são, na sua maioria, elaborados de forma redutiva, conservando a frescura e o seu sabor frutado.   

Com temperatura controlada a 15 °C no máximo, a fermentação ocorre em tanques de aço, excluindo o oxigênio. Ela acontece de forma espontânea e termina em cerca de 2 a 3 meses, seguida de estabilização e engarrafamento rápido a baixa temperatura.  

Já os tintos são fermentados em tanques horizontais, durante 14 a 17 dias, à temperatura entre 25 e 29 °C.  O processo de maturação ocorre em duas fases:  

  1. Primeiro o vinho é mantido em barricas de diferentes capacidades por um período de 1,5 a 2 anos.  
  1. Depois, é engarrafado, e a maturação segue por mais 6 a 8 meses, até serem levadas às prateleiras.  

Se gostou de conhecer mais sobre as curiosidades dos vinhos romenos, não deixe de experimentar estas maravilhas. Você encontra diferentes vinhos da Balla Gaze em na loja virtual da 067 Vinhos. 

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