Já teve a impressão de aumentar a salivação ao degustar um vinho? Essa sensação é provocada pela acidez no vinho, componente fundamental para estruturar e garantir personalidade à bebida.
Embora algumas pessoas tenham dificuldade em degustar um rótulo mais ácido, essa característica é necessária para equilibrar o açúcar e trazer frescor à bebida.
Considerando isso, que tal saber mais sobre a acidez, de onde ela vem, como medir e aproveitar o melhor que essa característica oferece com os rótulos da 067 Vinhos?
Continue acompanhando esta publicação para saber mais.
Por que a acidez no vinho é importante
Esse componente tem como uma de suas funções, potencializar a conservação e envelhecimento, caracterizando o aroma e sabor da bebida.
Também é importante para a harmonização, já que ajuda a suavizar a adstringência dos taninos limpando o palato e fazendo com que a experiência fique ainda mais agradável ao paladar; seja potencializando ou equilibrando os sabores dos pratos escolhidos.
Como a acidez no vinho se comporta na harmonização
De modo geral, os vinhos brancos com alto nível de acidez ajudam a abrir o apetite antes de uma refeição.
Os vinhos tintos mais ácidos, por sua vez, complementam preparos mais gordurosos, equilibrando os sabores.
Em contrapartida, podem realçar o sabor dos ingredientes ao serem harmonizados com pratos mais ácidos.
E ainda podem ajudar a anular ou diminuir o sabor salgado e apimentado de alguns pratos.
Já os vinhos verdes, também com alta presença de acidez, trazem a refrescância perfeita para harmonizar com frutos do mar ao serem servidos em baixa temperatura.
De onde vem a acidez no vinho
A acidez no vinho é proveniente da uva ou da fermentação.
No caso da uva, são os ácidos tartárico, málico e cítrico. E essa característica está diretamente relacionada à temperatura em que o vinhedo é exposto.
Sente sentido, quanto mais calor, menos acidez e mais açúcares terá o vinho. A tendência, nesse caso, é ter uma bebida com maior graduação alcoólica.
O contrário é verdadeiro: regiões de clima mais frio tendem a originar vinhos mais ácidos, com menos açúcares e, consequentemente, menor teor alcoólico.
O processo de fermentação do vinho também origina alguns tipos de ácidos. São eles: ácido lático, acético e succínico.
Portanto, observar a região de cultivo e o tipo de uva é importante não somente para saber mais sobre a cor e tom do vinho, mas também para entender mais sobre sua acidez.
Como saber o nível de acidez no vinho
A medição é feita calculando a quantidade de ácido tartárico (em gramas) presente em cada litro de bebida.
O resultado, que varia entre 0,4 e 1,0 gramas/litro, normalmente está descrito na ficha técnica do rótulo.
Também é possível medir a acidez no vinho por meio do pH.
Em média, os rótulos de alta qualidade de vinhos tintos estão na faixa de 3,1 a 3,4. Para vinhos brancos, a média é de 3,3 a 3,6.
A título de comparação, o pH médio da água é 7, considerado neutro. Enquanto o pH do café é de, em média, 5 e de uma limonada é menor do que 3.
Via de regra, vinhos com pH mais baixos apresentam maior longevidade.
Quais são os vinhos mais ácidos
Os vinhos brancos – feitos com a uva Suvignon Branc, por exemplo – e verdes normalmente são mais ácidos; assim como os espumantes.
Em relação aos vinhos tintos, normalmente aqueles que são produzidos em regiões mais frias comportam maior nível de acidez.
Via de regra, os rótulos italianos também costumam ser mais ácidos, o que favorece a harmonização com os pratos típicos da região.
Ficou interessado em experimentar harmonizações com o melhor da acidez no vinho?
Então confere a nossa lista de indicações.
Entre os vinhos brancos:
Casa Grande Albariño
Com uma acidez que persiste na boca, esta é uma aposta fora do território nacional.
O vinho o uruguaio possui uma acidez vibrante que harmoniza bem com frutos do mar.
Vinho Quinta do Portal Muros de Vinha Branco
Vinho português, perfeito acompanhamento de pratos de peixe e mariscos.
Produzido a partir de um bland de uvas este vinho permanece durante o estágio de amadurecimento em cuba inox com as suas borras finas.
Desse modo, uma maior complexidade e longevidade do vinho são garantidas.
Possui um olfativo de notas florais, onde as brancas imperam.
Na boca mostra uma bela acidez, refrescante e elegante, deixa um final longo e refrescante.
Entre os espumantes:
Aura Rosa Pinot Noir
Produzido no Rio Grande do Sul com amadurecimento de 15 meses de autólise, essa opção é elegante, fresca e harmoniza bem com pratos orientais e alimentos levemente condimentados.
Além disso, é ótimo para acompanhar sobremesas, como torta de morango ou salada de frutas.
San Michele Brut 18 meses
Outra indicação de espumante, produzido a partir da uva Chardonnay em Santa Catarina.
Possui uma complexidade e intensidade de aromas, entregando um equilíbrio e harmonia em sua acidez.
Se for servir ostras ou peixes, pode ser uma ótima opção para harmonização.
Entre os italianos:
Complot Bonarda
Vinho argentino, produzido na região de Mendonza.
Com toques gustativos de frutas negras, a harmoniza muito bem com carne com osso como costela, short rib, T-bone grelhados, cappeleti, fettutine ao funghi, carne branca ao molho agridoce, queijos de média cura.
Além disso, apresenta taninos marcantes e acidez equilibradas, com média persistência.
Desbravador Corte Bordalês Grande Reserva
Produzido com o blend das uvas Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc, este vinho possui aromas de frutos vermelhos e roxos bem maduros, notas de especiarias.
Devido as uvas, possui uma acidez mais marcante, com corpo leve, combinando perfeitamente com carnes grelhadas.
Além disso, queijos curados, risoto de costela, carrê de cordeiro em manteiga de ervas finas, são receitas e ingredientes que harmonizam bem com a bebida.
Apesar de ser motivo de receio para muitas pessoas, a acidez no vinho é uma característica importante para quem busca acertar nas harmonizações e rótulos de boa qualidade.
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